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Fibria terá primeiro viveiro automatizado de mudas

Sustentabilidade | Sustentabilidade | 24.02.2016




A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, vai implantar um novo viveiro em sua unidade de Três Lagoas (MS), que contará com aplicação de tecnologias holandesas de última geração para a automação de todo o processo de produção de mudas de eucalipto, iniciativa inédita no setor.
 
A Fibria será a primeira empresa da área de celulose a utilizar robôs para plantar mudas de eucalipto. Essa é a primeira etapa do processo que, no modo convencional, é realizada manualmente. A automação vai evitar perdas e preservar a integridade das mudas. O novo viveiro também segue conceitos de sustentabilidade, redução de resíduos e de impacto ambiental, com a substituição dos antigos tubetes de plástico das bandejas de produção de mudas por materiais mais modernos, feitos de papel biodegradável. As novas instalações irão ocupar, aproximadamente, 48 mil m² de estufas, com automação nos processos de transporte, manuseio, seleção, irrigação, nutrição e controle meteorológico.
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Já na segunda etapa, na qual é realizada a seleção das mudas para acomodá-las em espaço adequado ao seu crescimento, o novo sistema de máquinas do viveiro, com visão 3D, vai monitorar a evolução das mudas e gerar eficiência no cultivo das plantas.  Dessa forma, o novo equipamento fornecerá estatísticas de material genético e do desenvolvimento de cada planta que garantirão à Fibria maior controle de qualidade das mudas que serão plantadas no campo.
 
“Teremos um viveiro de vanguarda, com altíssimo nível de precisão, de sistemas e de controles ambientais, que garantirão uma melhor performance para o padrão de mudas da Fibria. Melhores mudas são a base para termos melhores florestas”, afirma Aires Galhardo, diretor executivo Florestal da Fibria.
 
Além da otimização das atividades dentro do viveiro, o uso da nova tecnologia apresentará melhorias também para os operadores. “O novo método trará benefícios ergonômicos para os trabalhadores. Outra novidade é o controle de irrigação e clima, que será realizado por meio de painéis automatizados. É a tecnologia trazendo benefício para o processo e qualidade de vida para o empregado”, diz Tomás Balistiero, gerente geral Florestal da Fibria no Mato Grosso do Sul.
 
A expectativa é que a implantação do novo viveiro seja iniciada em março de 2016 e que a operação ocorra em março de 2017, com uma capacidade de produção de 43 milhões de mudas de eucalipto por ano. As mudas serão destinadas ao plantio e formação das florestas que abastecerão a unidade da Fibria em Três Lagoas e o Projeto Horizonte 2, segunda linha de produção de celulose da empresa no município, que entrará em operação no último trimestre de 2017.
 
Parcerias
A implantação do novo viveiro da Fibria acontece por meio do consórcio Hortikey Holandês, que desenvolve projetos de automação em grande escala para empresas do mercado internacional. O consórcio é formado pelas principais empresas do setor como Agri-tech Aris, Berg Hortimotive, Bosman Van Zaal e Sistemas de Flier, além da brasileira Methodo Ferramentaria, que fornece suporte para normas locais, regras e regulamentos das leis brasileiras; e da Açopema, que fornecerá as estufas.
 
As obras do Projeto Horizonte 2 começaram em 2015 e seguem dentro do cronograma. Com investimento de R$ 8,7 bilhões (equivalente a cerca de US$ 2,2 bilhões), o projeto de expansão da Fibria vai gerar ao longo das obras 40 mil empregos e, ao final do projeto, 3 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A Unidade de Três Lagoas terá sua capacidade de produção aumentada em 1,75 milhão de toneladas de celulose/ano. Com a ampliação, a unidade da Fibria em Três Lagoas somará capacidade de 3,05 milhões de toneladas de celulose/ano, passando a ser uma das maiores fábricas de produção de celulose no mundo.

Fonte: Fibria